sábado, 26 de janeiro de 2008

Noite de Blues em vários tons


Já que vocês não podem me acompanhar em minha ida ao show do Dojão do Blues, lhes deixo com T-Bone Walker em Don´t throw your love on me so strong, gravado ao vivo na Alemanha em 1962. Mais uma jóia surrupiada do ShowBlog.
Aliás, essa coisa de muita música não deixa de ser uma outra forma de me deixar saber: dize-me que músicas gostas e dir-te-ei quem és! Pena que nem tudo que me diz acho por aí em vídeo.

Um comentário:

Unknown disse...

Que bom este carinho com os seus leitores. Fiquei aqui pensando agora por que se ouve jazz?
"Nada de um refinamento do espírito ou de um capricho da alma. Muito menos de uma superioridade musical.
Ouvir jazz é estar sozinho em um grupo de amigos. em casa ou em um bar, festas, vc se isola dos muitos presente, e, súbito, doces acordes lhe prometem um segredo: você sabe que está só – eis o diferencial.
esse alheamento sonoro, esse reencontro consigo mesmo – toda esta reclusão que nos torna transparentes surge ao som da melodia."

Alguém certa vez escreveu um conto dizendo que as “mulheres não gostam de jazz”. Claro que ele não as atacava, pois na verdade, a mulher, neste conto, simboliza todos aqueles que odeiam ouvir uma música sem letras, olhar a melodia em suas três fases, deparar com o silêncio por alguns minutos e não se sentir constrangido.
Porque jazz é silêncio, da alma e do corpo. Não se dança jazz, não se ouve com multidões.
Segundo o comentario no qual me inspiro agora, a velha crônica policial nova-iorquina conta que Frank Sinatra esmurrou um homem pois insistia em sussurrar palavras a uma amiga em meio à apresentação de billie holiday. De fato para o bom apreciador de jazz quem se atreveria a usar a própria voz diante de Ella Fitzgerald?
Eu poderia passar dias ouvindo jazz, embora não tenha um conhecimento profundo sobre este. Uma boa pedida para a listinha de 2008 e para os dias frios que estão por vir

Gostar de jazz é se encostar em um balcão solitário e degustar o doce álcool suavemente. Diz o comentarista em que me baseio apropriando como minhas as suas palavras: ouvir jazz é sentar em um parque urbano e sorrir para o triste bêbado que conversa com uma planta. É se abrir diante de um livro em que não se precisa virar as páginas.

Ele ainda diz : você não precisa conhecer música para gostar de jazz. Não precisa nem se vestir como os fãs de outros gêneros usualmente fazem.
Não há grupos de amantes de jazz. é um culto solitário a deuses de inúmeros e rituais "quase"( grifo meu) doentios. Já que ninguém em plena saúde ouve e "toca" (grifo novamente)jazz.

jazz é o soluço da alma – uma prova de que ela está viva, mas em convalescença.

Sendo assim tenha o dito dessa pessoa como um dizer meu dado às minhas pequenas alterações no comentário original. O importante é que me identifiquei com ele..acho tb isto.

Veja em "marginal notes while filming"http://grota.tipos.com.br/arquivo/2003/03/23/all-that-jazz

bj

Meire