quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

E ternamente


E por vezes as noites duram meses
E por vezes os meses oceanos
E por vezes os braços que apertamos
nunca mais são os mesmos

E por vezes encontramos de nós em poucos meses
o que a noite nos fez em muitos anos
E por vezes fingimos que lembramos
E por vezes lembramos que por vezes

ao tomarmos o gosto aos oceanos
só o sarro das noites não dos meses
lá no fundo dos copos encontramos

E por vezes sorrimos ou choramos
E por vezes por vezes ah por vezes
num segundo se evolam tantos anos


3 comentários:

Inês Queiroz disse...

E por vezes faz-se absolutamente necessário compreender a real similaridade entre o cedo e o tarde demais.

Beijos no tempo certo.

Anônimo disse...

Oi Zedu,

Boa fusão feita pela imagem, poesia lida enquanto escuto Mahler em O solitário de outono. Tudo parece calmo e muito belo.

Abraço,

Meire

Anônimo disse...

E às vezes penso, ainda, que invento.

Neuza.