domingo, 6 de janeiro de 2008

Dois poemas dando bandeira

ESTRELA

Vi uma estrela tão alta,
Vi uma estrela tão fria!
Vi uma estrela luzindo
Na minha vida vazia.

Era uma estrela tão alta!
Era uma estrela tão fria!
Era uma estrela sozinha
Luzindo no fim do dia.

Por que da sua distância
Para a minha companhia
Não baixava aquela estrela?
Por que tão alta luzia?

E ouvi-a na sombra funda
Responder que assim fazia
Para dar uma esperança
Mais triste ao fim do meu dia.

Manuel Bandeira

Torquato Neto
Cliquem na figura para ampliá-la e ler o poema

2 comentários:

Anônimo disse...

Que bonita esta poesia, mesmo assim melancólica. Não a tinha visto antes e por isto nem disse nada. É que gosto de deixar uma palavrinha nas postagens que de alguma maneira mexam comigo e que assim me permitam dar a você nem que seja um olá de longe, um veja estou aqui oh, oi eu aqui!!!
É isto.

beijo amigo querido,

Meire

Anônimo disse...

A outra dá bandeira mesmo... mas nem por isso menos bela no que diz do que todos nós que uma maneira ou de outra vivemos a impossibilidade do que somos como nossa própria invenção.

Pensando bem cada um vira um poema a ser declamado como pró-nome pessoal na concordância ou dissonância com a vida até todas as nossas horas do fim pessoal.

Não não é para onde inevitavelmente caminhamos e sinceramente numa boa?

O grande Torquato teria perguntado: existirmos a que será que se destina?

Beijo
Meire