domingo, 6 de janeiro de 2008

A Carta do Dia


O Três em todo os conjuntos de naipes dos Arcanos Menores representa um o final do estágio inicial da jornada correspondente ao naipe. Uma nova dimensão da vida completa a primeira parte de sua jornada. O Três de Copas é, assim, uma carta de celebração, representando uma experiência de satisfação emocional e a completude de uma atração inicial. O casal finalmente se junta, e há um sentimento de alegria e promessa. Mas a lenda de Eros e Psyche (o casal na carta) nos fala de coisas muito importantes a respeito deste estágio inicial de satisfação e completude. Psyche ainda não viu seu escolhido nem, no mito, questiona essa falta de um encontro real. Inicialmente ela se contenta em viver com Eros em uma espécie de estado-de-sonho, onde ele vem a ela somente às noites, sob o manto da escuridão. Assim, junto com a alegria e a celebração deste casamento, uma certa ingenuidade permanece. Isto é o que podemos reconhecer no início de qualquer "estar amando", onde nos encantamos com a nossa imagem do outro, mas onde o parceiro real ainda não é visível a nossos olhos. Esse início do estar juntos é uma experiência cheia de alegria, uma celebração do amor e da vida, um começo muito excitante. E é esse estado inicial que vamos encontrar na literatura e nas artes quando retratam o encontro amoroso. Mas a mensagem do mito é: aproveite enquanto pode. Muita coisa ainda vai acontecer, tanto boas como sofridas, antes que a jornada do Naipe de Copas se complete e o amor de Eros e Psyche possa emergir com todo seu potencial humano e divino. O Três de Copas é uma iniciação à vida, cheio de promessas. A jovem se faz esposa, e deixa para trás, para sempre, sua virgindade e inocência. Mas esta é uma carta de transição que depende de desenvolvimentos futuros. A jornada ainda não acabou, e um trabalho árduo espera espera à frente
.
No nível divinatório, o Três de Copas sugere a celebração de um casamento, o início de um caso amoroso, o nascimento de um filho, ou alguma outra situação de satisfação e promessas emocionais. Mas cada uma dessas situações é também o começo de uma iniciação nos níveis mais profundos da experiência afetiva, e signo de mais explorações no futuro.


Texto: The Mythic Tarot, por Juliet Sharman-Burke e Liz Greene
Ilustração das cartas: Tricia Newell
Essa referências ficam aqui valendo para todas as cartas do dia que seguir-se-ão a essa.
Blog também é cultura, mesmo que esotérica.

3 comentários:

Zédu disse...

Se minha paciência, que anda tão curta nesse início de 2008, permitir, A Carta do Dia será postagem diária, com todas as explicações possíveis. Se vou cumprir essa promessa que me faço ou não, isso é outra história. Assim, a carta de hoje não tem outro motivo que não inaugurar o Tarot do Zédu, ou de vocês, ou de ninguém. Em algumas comentarei o texto canônico, darei minha interpretação, livre associarei nas ondas da figura. Ando precisado de novas diversões e só me resta apelar para o mítico, que a realidade anda muito árida.
E, como carta inaugural, até que o baralho não se saiu mal.

Anônimo disse...

Oi Zédu,

Adorei - tim-tim...ao primeito gole de um Periquita na temperatura ideal para essa Paris dos trópicos e para brindar a você. A carta e sua interpretação são para mim é uma festa...adorei.

bjs

Meire

Anônimo disse...

Adorei a notícia da Carta do Dia. Essa me fêz pensar nas promessas emocionais, a excitação do começo, o aproveitar (enquanto posso?)
Adorei.
bjs
Leila