terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Ouvindo Stabat Mater com Pergolesi


Pergolei sempre me disse
que em toda dor existe
um olor de beleza,
um mais além da tristeza.
Para todo filho morto,
há sempre uma mãe dolorida
que, chorando, recolhe o corpo
e, amante, lhe dá guarida,
enquanto um anjo canta
do gesto o haver sublime
e, com música, decanta,
da dor, o que nos redime.
Os pregos, a cruz, a lança;
martírio, espinhos, sina;
homem, jovem, criança,
o canto recorta e assina.
E se a mãe é dolorosa
e do calvário faz seu cume,
no ar um olor de rosas,
pois toda música é perfume.


Pedro Machuca 1547

Um comentário:

Anônimo disse...

Ah meu amigo. Imprimirei sseu comentário e levarei com a sua licença à minha irmã a quem prometi este CD.

Isto para que o choro - dor e sentimentos - dela esteja atravessado pela lembrança nos pontos e contrapontos visíveis em seu texto do que nos toma quando ouvimos Stabt Mater com Pergolesi.

Falo disto com a convicção de quem a viu se levantar na durante a missa ao ser aberta a palavra pelo Frei Cláudio:

Na sua singeleza de mulher linda aos quase 70 anos ela disse: O Wesly foi o presente que a vida me deu.

Ela não merece ter o CD e em mãos isto que você escreveu?

Beijos agradecidos.

Meire