segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Devolução de vida



Eu te agradeço

Pelas vezes que me fez sonhar,
Pelas lágrimas de emoção que me fez derramar,
Pela imensa alegria que me fez sentir,
Pela capacidade de injetar-me confiança,
Por fazer-me vislumbrar um risonho porvir.


Por ter ensejado que eu me abrisse,
Escutado minhas tolices,
Desentocando fantasmas escondidos no porão
Nesses tempos, longos tempos de desilusão.

Por cada pedaço de mim que você resgatou,
Pelo vasto território do qual se apossou,
Que é agora terreno fértil, solo promissor
Por você preparado, iluminado,
mais do que pronto para receber o amor.


E ainda, amor meu, que o destino decida
que você é somente a ponte, a fonte, o meio e não o fim,
Quando alguém real chegar para ficar,
Ele terá que amar-me e, amando-me, enfim,
Sem saber ele estará amando também a outra metade,
Que leva o teu nome ... que já faz parte de mim!

Autor, por enquanto, desconhecido

Um comentário:

Anônimo disse...

O autor, por enquanto desconhecido, preocupa-se menos com o seu desejo de reconhecimento e mais com o reconhecimento do seu desejo ao fala dela por ato ou efeito sobre ele, levando-nos a crer que é de alguém e não por ela que versa pela devolução devida.

Capcioso poema como agradecimento poético de um grande fingidor da dor deveras sentida, coisa não pouca e vivida no já distanciado e apreendido como parte dela - a vida.

Como não pretender e re-querer a autoria do poema?
Sinceramente, confesso
Eu quereria o modo de falar a muitos em particular, quando dela, falo-em-mim, todo o tempo como nele dela se fala de maneira singular.

Se a moral da história é comentário de outro lugar cabido também aqui, por que não fazê-lo por lá?

um beijo,

Meire