sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

A dor não tem sexo

Em janeiro, acredito, já que não sou dado a pesquisar meu prório blog e não confio mais tanto assim em minha memória, coloquei, em seqüência, a Elis Atrás da Porta e Jacques Brel tocando a campainha, ambos implorando um Ne me quite pas, como exemplo das diferentes formas do amor doer. Uma, teorica e desesperadamente feminina, outra, de um macho entregue e sem vergonha.
Aqui coloco o Ne me quite pas de Brel na bela interpretação de Maísa. E mostro que cantar é interpretar, e que a dor dói por igual através dos sexos e dos séculos. E com a vantagem adicional do vídeo conter legendas, que aqui ficarão minúsculas, em português.
Penúltimo post do mês, vejo-o como um desesperado hino de horror à solidão. Quem quiser que veja outra coisa, pois o meu fevereiro foi só meu e de mais ninguém.

Um comentário:

Unknown disse...

Sim seu fevereiro foi somente seu e quem ousaria dizer que não?
Mas a interpretação de Maísa de Ne me quite pas, mais que mero cantar de uma bela música é como disse você hino de horror à solidão, ou grito de dor de amor independente do sexo.
Que bom seria se viéssemos ao mundo sabendo amar o outro e não somente o amor em si mesmo.

Belo vídeo, que vem de encontro ao meu desejo desta semana em ouvir justamente esta música na voz dela.
Sendo assim e sem que o soubesse me possibilitou o que eu desejava.

Que as águas de março fechem bem este verão, levando paus e pedras e lhe trazendo promessa de vida em seu coração. Se é João é com certeza também José-du.

Um beijo serrano

Meire