segunda-feira, 3 de março de 2008

Brincando de tocar piano


De Erroll Garner não preciso dizer muito. Em um trecho do documentário de Nelson Freire ele confessa sua inveja dos músicos de jazz e seu desejo, impossível, de tocar como eles, de poder sentar no piano e improvisar. Naquele instante ele assiste um vídeo de Erroll Garner com um prazer que se traduz em um contentamento de menino (Nelson Freire tem, até hoje, uma cara de menino). Ele fala da alegria com que Erroll garner toca e abre um sorriso de puro prazer. Senhores, um dos pianista s do pianista: Mr. Erroll Garner.
Erroll Garner prova também que um pianista pode ser cheio de dedos e ser bom, apesar de existirem muitos que, de tantos dedos que têm, deviam ser proibidos para diabéticos. Mais ainda, com a alegria que Nelson Freire nele reconhece, Erroll Garner sempre foi um brincalhão no jazz. Talvez por isso não seja levado tão a sério como merece.
Divirtam-se!

Um comentário:

Unknown disse...

Bravo!

Por ser já bem tarde, abri novamente o vídeo com fones de ouvidos. Recostei bem em minha cadeira e experimentei pretensiosa sensação de estar naquela sala tomada por aquele piano deliciosamente perto, assim como sob a exata luminosidade de ouvir um Erroll Garner. Esta coisa da improvisação, do brincar com a linha melódica no jazz é mesmo sensacional. Não sem razão Nelson Freire fez a in-justa confissão da qual você nos fala.

Com isto após ouvi-lo novamente, seguido a este comentário, terei um sono muito gostoso. Valeu, Zédu!