Magrite
Tinha que te falar de mim
Para poder tentar a gente
Te contar de um certo fim
Para esse começar tão rente.
Confessar tantos desencantos
Dizer de todos sentimentos
Pesar montes de entretantos
E ousar um outro vão momento.
Tinha que te dizer do eu
De mim demonstrar o ponto
Para, acordado nos olhos teus,
Sonhar algum sonho tonto.
O peso que em mim carrego
As sombras de meu viver
Penduro em qualquer prego
Que teu olhar me devolver.
E seguirei descarregado
Em ti desreconhecido
O passado pendurado
Novos fantasmas vividos.
Frango, 02/05 de maio de 2008
2 comentários:
"Enquanto não superarmos
a ânsia do amor sem limites,
não podemos crescer
emocionalmente.
Enquanto não atravessarmos
a dor de nossa própria solidão,
continuaremos
a nos buscar em outras metades.
Para viver a dois, antes, é
necessário ser único."
Fernando Pessoa
Beijos,
Boa noite Poeta,
Que bom ter entrado no blog antes de ir dormir. Levo comigo tanto além do Leblon, Madeleine Peyroux, e seu lindo poetar !!!
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