Não acredito em silêncios
São sempre ensurdecedores.
Se aninham, cheios de letras
Nos desvãos de nossos terrores.
E elas falam, falam, sempre vazias
Misturam-se com nossos contos
Retornam em falas vazias
Nos afogam, nos deixam tontos.
É preciso ao falar dar abrigo
Gritar se necessário for
E arrancar dos esconderijos
O sentido e sua dor.
Depois dar trabalho às letras
Fazê-las espernear
Jogá-las pelas sarjetas
E deixá-las para a chuva levar.
Praça, 26 de junho de 2008
2 comentários:
ontem passei horas a ler seu blog. adoro. e "roubo" vários escritos, imagens. tinha que confessar. beijo!
Gente. Cliquem na figura da minha amiga ervilha debaixo do fogão, descubram seu blog.
vale a pena.
Quando eu recolocar meus favoritos, ela estará nele.
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