terça-feira, 8 de abril de 2008

Prometer nos custa


,
promete-me que amanhã virá a lua
e que, na imensidão da noite iluminada,
cantaremos o mar um para o outro.

promete-me que no fim terei existido.

Vasco Gato, poeta português

4 comentários:

Anônimo disse...

Que beleza, Zédu!
Os poetas portugueses sempre arrasando!
Beijos,

Anônimo disse...

Zédu,

A bela a fusão imagem-poesia do transe das suas intenções de hoje a não sei quem me levou ao meu transe trazendo-me um trecho da poesia Lua Adversa de Cecília Meireles. É que alinho os versos dessa poesia à imagem da lua postada por você.


Tenho fases, como a lua
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.

Fases que vão e vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.

E roda a melancolia
seu interminável fuso!
Não me encontro com ninguém
Tenho fases como a lua...


Beijo,

Meire

Anônimo disse...

Prometer nos custa mas vale a vida....tente outra vez.

Um forte abraço.

Anônimo disse...

Fascinante! Conjunção perfeita de imagem e versos.
A promessa só nos é custosa quando não cumprimos com ela.
Abs, Lais