quinta-feira, 14 de agosto de 2008

A titia de George


Também da década de 50, trágica e pungente como a chama Ruy Castro. Atropelada pelo rock na década de 60, Rosemary Clooney nunca chegou à fama que parecia certa e isso, mais o alcool e as drogas, acabou com ela. Chegar à fama ficou por conta do seu sobrinho George Clooney, por quem hoje se suspira como já se suspirou por titia.
Aliás, enquanto cantavam, as cantoras brancas podiam arrancar suspiros das platéias idem (e vcs pensavam que Diana Krall, bonita e gostosa, era uma grande novidade no jazz, não é mesmo? tolinhos!). Rosemary, Peggy Lee, Julie London embalaram muitos sonhos, e outras cositas más, masculinas naqueles tempos.
Mas, voltando a ela, enquanto não se viu obrigada a cantar com os Fabian (lembram-se?) da vida, Rosemary Clooney conseguiu mostrar sua arte com os grandes da época, como Harry James e Duke Ellington. 
Gravando pela Columbia desde o início, ela teve que engolir muitos sapos (vejam um tal de Mambo Italiano que a gravadora lhe impôs e que pode ser encontrado no YouTube). Era o preço a pagar para, de vez em quando, gravar grandes discos, grandes músicas, com grandes músicos.
Escutem ela cantando Tenderly aqui nesta postagem e depois me digam de quem Sarah Vaughan copiou, quase plagiando, a interpretação. Se vocês não soubessem que era Rosemary Clooney, garanto que pensariam em Sarah.
Ah, antes que eu me esqueça: Rosemary Clooney morreu em 2002, mesmo ano que morre Peggy Lee, sua vizinha no blog e na época. 


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