terça-feira, 19 de agosto de 2008

Repetente


A cada outra nova musa
Começo um novo caderno,
Que quanto mais se usa,
mais se congela em invernos.

A neve sou eu mesmo que trago,
Flocos de minha história confusa.
E o sonho que ofereço magro
Não me dorme, só me acusa.

E assim continuo o estrago
No branco da páginas novas.
De meu passado, sempre escravo
Me repito em todas as provas.

Um comentário:

Anônimo disse...

Oi Zédu,

Nada a ver com a postagem que mobilizou e muito minha atenção. Assunto para a noitinha.

O que tenho a dizer agora é da alegria de já estar onde estou por muitas e boas razões. Dentre essas o fato que daqui, acesso o seu blog sem a restrição daquele outro lugar cujo distanciamento só faz reafirmar o que sempre senti de lá: uma verdadeira sociedade de poetas mortos. O duro é pensar que se cultua ali a juventude com uma triste travessia pela vida que mais lembra meninos e meninas engessados e sem maiores sonhos que não sejam pelas Harvard e quiça pelos cargos de Presidentes dos BID,BIRD e o que mais seja da da vida administrada.

Talvez a grade que separa o interior mostrado na imagem postada por você, daquilo que é belo e exterior,tenha me remetido a isto. Será?
Um beijo meu amigo,

Meire