sábado, 16 de agosto de 2008

Quem ama só enxerga o sol e a lua.


Os americanos são um povo muito estranho. Se Axterix chamava os alemães "desse doidos teutos", poderíamos dizer, sem pensar muito, esse tontos americanos. Bush, os evangélicos xiitas, McDonald´s e uma série enorme de outras bobagens nos justificariam. E o pior, são uns tontos poderosos com mania de Cavaleiros Solitários, uns arremedo de Quixotes sem nenhum Sancho Pança que os acompanhe. Um perigo mortal para o restante da humanidade.
Em compensação, imaginem os Estados Unidos não tendo existido. O cinema praticamente acabaria (a não ser que você seja tão anti eles que ache o máximo passar o resto da vida assistindo filmes iranianos, herzegovinos e brasileiros). A música, sem o jazz e os musicais, ficaria irremediavelmente perneta. Um mundo sem a voz de Frank Sinatra, o charme das canções de Cole Porter, entre outras coisas, seria um mundo bem mais chatinho.
E quando a gente junta as duas coisas e lembra dos filmes musicais, garanto que não são os da Atlântida que te vem de imediato à cabeça. Faça o teste: pense em 10 musicais que você nunca esqueceu. Depois conte quantos não são americanos. Pois é, entre tanta tonteria eles são capazes dessa coisa cultural popular que nos marca desde o início dos tempos modernos (e aí a gente lebra de Chaplin, que ainda que inglês, só foi possível lá).
E entre os musicais inesquecíveis (claro que dependendo da geração a que você pertence), um deve estar na lista de quase todo mundo: Singing in the Rain.
Assim, nesse dia em que qualquer boa música é homenagem a Caymmi morto, me lembrei de Gene Kelly, achei que já havia postado (já? não consegui achar; estou precisando organizar melhor essa bagunça por aqui!), depois achei que não e, é claro, decidi tapar esse buraco que fica no blog até que ele possa dançar, e cantar, naquela cena que muitos se lembrarão do como e onde assistiram pela primeira vez.
Na última lista, de 2007, dos melhores musicais de todos os tempos, Singing in the Rain continuava no "top 5". E acho que por lá vai continuar durante muito tempo, já que não se fazem mais musicais como antigamente.
E, por último, o título da postagem se refere à cena segundos antes da aqui postada. Gene Kelly está se despedindo de Debbie Reynolds e ela se refere à chuva. Ao que ele replica: Chuva? Que chuva? Só consigo ver um sol maravilhoso brilhando. O amor é lindo e, muitas vezes nos deixa deliciosamente palhaços a dançar debaixo do maior toró.




PS: Para detalhes técnicos sobre o filme, a música ou seja lá o que for, deixe de ser preguiçoso, que isso só fica bem em baianos como Caymmi, e vá consultar a Wikipédia, o Google, whatever. E me avisem se, apesar de tudo, eu jé coloquei esse vídeo antes. Afinal são 574 postagens desorganizadas por um ano e meio de posta primeiro, pensa depois.

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