sábado, 16 de agosto de 2008

Cantores de saloon



Essa história do Caymmi ter parado de descansar me deixou musicalmente frenético. Mas, acho eu, não há maneira melhor de homenagear um músico do que com músicas. Então aproveito o final de tarde, antes da noite me levar embora, para colocar um tipo que ainda não tinha pintado por aqui: o cantor de saloon, como os chama Ruy Castro. 
Cantores de pequenos espaços semi-escuros, que cantam sobre algumas vozes mal educadas, ruídos de copos, bebidas e bêbados, para divertir a platéia. Intérpretes de um tipo especial, quase não os temos por aqui (só consigo pensar em Cida Moreira, no momento, aliás uma grande cantora de saloon).
Escolhi Bobby Short por várias razões. Primeiro tinha uma música com ele, o que é sempre condição necessária já que não gostei do andei achando lá pelo YouTube. Segundo porque Bobby Short, durante vários anos, foi figurinha fácil no bar do Maksoud em sua época áurea. Ano sim, outro também, e Bobby, sempre chique, tornava o lugar, que também era chique, mais alegre. Como fez sua vida inteira em Manhattan no Carlyle (conheci pessoas que iam para Nova York só para matar as saudades dele). 
Pena não ter achado um bom vídeo (imagem e som) com ele, pois ver a interpretação é quase fundamental. Se algum de vocês tiver alguma sugestão...
Agora, a alegria de Bobby Short que, com certeza, vai tocar piano para a soneca que Caymmi tirará depois de sua longa jornada. E só não encerro aqui este sábado dedicado a Caymmi porque ainda vou tentar uma Marina pra arrematar. Se hoje não der, amanhã será.
Ladies and gentlemen, Mr. Bobby Short.



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