sábado, 16 de agosto de 2008

Sei lá, mais de 10.000 coisas



Saí de casa e eram 9.000 e muitas as visitas ao blog. Daí voltei e nem vi ele se tranformar nesse redondo dos 10.000 e alguma coisa.
É muito? É pouco? As dúvidas continuam as mesmas, dado que os comentários continuam vindo só das queridas de sempre, que não justificam os números, a geografia que o contador me garante sem nada me garantir.
Vocês já viram essas minhas dúvidas "autorais" antes. Eu continuo achando que escrevo para as respostas que não recebo (as minhas queridas não valem; são como elogios que, apesar de adorá-los, são meio que esperados). Aliás, continuo nas mãos de "minhas queridas", sem nunca saber se o blog diz também para alguns "queridos", ou mais ainda, que outras queridas tenho por aí nesse mundo de Deus.
Pois já começo a achar que vários de vocês, que não conheço, aqui se repetem. O contador me insinua isso e meu desejo assim os conta. No entando, a solidão do aqui escrever, que tantas vezes me faz pensar em deixar tudo de lado e parar com este exercício narcísico, continua. 
Ao mesmo tempo, quanto mais vocês se tornam lá no contador, mais me obrigo a continuar, às vezes com peso, na maior parte do tempo com muito prazer. Mas a curiosidade permanece, mesmo que hoje saiba que curioso permanecerei. 
O blog  fala de mim, nem sempre da maneira como sou lido, apesar de que o tom é sempre correto, e justo, com o tom de minha vida. Às vezes, quando a tristeza marca as postagens, sinto que algumas pessoas se preocupam comigo, como concretamente tive provas lá pelos finais de maio. Outras, e entre algumas poucas pessoas, amores me são supostos, me vêm ébrio, me contam para além do que a licença poética, que sempre me permito, lhes dá o direito.
Sou só um cara que escreve um blog em horas variadas de seu dia. Tenho horas alegres, musas novas, momentos de solidão, complicações existenciais, sintoma à flor da pele, tudo coisa que, sem vergonha, aprendi a deixar escorrer pelo blog.
Aí pensei em alguma música que falasse disso, que o blog são meus momentos e que, às vezes, para o desgosto de minhas queridas, os tempos são meio sombrios, mesmo quando são só instantes que coincidem com meu postar.
Mais ainda, trago comigo, como bem sabe quem me conhece, uma certa tendência à tristeza na beleza, um certo escorregar pela melancolia das coisas lindas. Ainda não sei bem se isso é um problema meu ou uma condição estética inevitável. Pois o belo, queiramos ou não, nos lembra o gozo perdido, o inalcansável, o a mais que nos escapa. E tem horas que a consciência disso é maior que a ilusão do momento. Ou seja, o blog, em sua poesia ou música, é, e sempre será, meio blue, como a maioria das músicas que aqui decido postar.
Além disso, são tempos complicados esses que atravessamos neste início de século. Confesso uma saudade enorme de outros tempos que já vivi, onde o mundo não era tão sem saída como agora se apresenta para meus quase 60 anos. Tudo se complicou, de uma certa maneira, e as ilusões, algumas bem engraçadinhas, vão se tornando, cada vez mais, muito particulares.
Daí que nessa comemoração (porque há que se comemorar o mais de 10.000, pois não?), lhes deixo com uma música que fala, um pouco, disto tudo, da maneira blue, e linda, com que me acostumei a falar-lhes. Mas, como diria uma outra música que um dia posto, a vida é mais complexa do que parece.
Mas os tempos andam assim. Mas juro que eu não, eu vareio muito mais do que vocês supõem. E novos tempos particulares não param de acontecer.
Mas minhas escolhas musicais...





Um comentário:

Anônimo disse...

Tô calada mas continuo por aqui.
bj
Leila