sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Sacada bem acompanhada

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foto: Inês


Nunca sei como é que se pode achar um poente triste.
Só se é por um poente não ter uma madrugada.
Mas se ele é um poente, como é que ele havia
de ser uma madrugada?

Alberto Caeiro / Poemas Incojuntos

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Um comentário:

Anônimo disse...

Há uma tenda onde os afetos são tecidos em palhas de delicadezas. Lá, onde o feio não existe, os adornos são os carinhos das palavras, mesmo que sejam as dos outros.
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Trouxeste-me a Natureza para o pé de mim,
Por tu existires vejo-a melhor, mas a mesma,
Por tu me amares, amo-a do mesmo modo, mas mais,
Por tu me escolheres para te ter e te amar,
Os meus olhos fitaram-na mais demoradamente
Sobre todas as cousas.
Não me arrependo do que fui outrora
Porque ainda o sou.


Beijo,