sexta-feira, 8 de junho de 2007

Provocação nº 1

Toda mulher, fêmea da espécie dos falentes, sonha ser a Outra. O máximo que conseguem, quando conseguem, é ser a outra, banal personagem de Nelson Rodrigues, macho da espécie. E esquecem, tolinhas, que são sempre uma outra,
(Nó-meação, Ela, Eu e eu)

Um comentário:

Unknown disse...

Eu pelo menos, quando acordo de um sono entregue no sofá, já quase amanhecendo, 04:49, vindo ao computador para desligá-lo, não antes de fazer alguns percursos habituais...não sei...rss

Mas há uma pergunta que não quer calar. Toda fêmea da espécie dos falantes seria indistintamente assim tolinha? Seria então somente mais uma no desejo de ser a Outra? Formaria com as outras o grande saco de alteridades, que se conseguem chegam a ser a outra do banal do personagem de Nelson Rodrigues? - Ahhhh não! Essa coisa de toda mulher é muita gente para o meu gosto.

Melhor dormir novamente, calmamente, mantendo o sonho da singularidade para esse toda mulher, que dá cobertura e cobertores no caso a toda fêmea da espécie dos falantes que se reconhece uma e como tal quer ser reconhecida. Mas claro que há espaço para toda mulher do banal personagem de Nelson Rodrigues, sem dúvida alguma. Ele mesmo representativo de todo macho da espécie dos falantes, se alinhou com todo macho que é um e não apenas mais um do Outro banal de seus personagens.
Agora vou mesmo dormir, não queria mas já que topei a provocação vale lembrar ao amigo querido, que essa de toda mulher é o fim da picada ... ou o que eu já disse mais acima que essa coisa todo mundo é como diz Rita Lee que se me lembro bem lembro fala nem toda feiticeira é corcunda e que nem toda mulher/brasileira é bunda.

um beijo bocejante...
Meire