terça-feira, 19 de junho de 2007

Cumpadrio


Miguel Arcanjo,
rica Elisa.
Um belo arranjo,
foto precisa.
.
Comadre minha,
meu afilhado.
Sacra que eu tinha,
aqui preservado.
.
Falta o Fernando,
meu bom compadre,
Pai deste anjo,
Homem da Madre

3 comentários:

Unknown disse...

Muito gostoso vê-los aqui, no seu modo delicado de fazê-los perto. Em certo sentido, veio com eles a sua Sacra Família.

Muito Bom,

Beijo

Inês Queiroz disse...

"Porque a maneira de reduzir o isolado que somos dentro de nós mesmos, rodeados de distâncias e lembranças, é botando enchimento nas palavras." Manoel de Barros

Miguel, Elisa e Fernando: amor que compensa e recompensa.

Eles sabem do encantamento de te ter.

Eu também.

Unknown disse...

Nostalgia bateu aqui olhando fixo a Elisa e o Miguelzinho e pensando no sentido mais fino do que seja o cumpadrio com gente dessa grande qualidade.

Voei para uma luz ainda fraca, com café e broa sobre a mesa. Vira festa discreta mais vira. Todos ali , uns de pé, outros perto do fogo, gente pronta com roupa de banho de sábado. O café da hora saiu de novo e ela, coisa de mulher da casa, chama todo mundo pra volta da mesa pequena onde todos cabem. Farelos da broa junto dos canecos direamente sobre a mesa promovem uma dança de dedos que ppegando-os levam-os á palma da mão e à boca. Hora de assuntar e aprender muita coisa uns com os outros. Do radio rouco vem mais de dentro da casa música que é parte e alguém na pia canta baixo o amor sofrido. Mas querer bem ninguém duvida. Visita é coisa séria. Chega mais um, mais outro e nada apavora a ninguém. Cabe. Sempre cabe. Os de casa cuidam de mais lenha no fogo, pois novo café já vai sair. Quenta-se fogo, do armário sai mais broa embrulhada em pano alvo. Pouco a pouco é assunto de mulher com mulher e de homem com homem. tudo se cumrindo do jeito que ali é pra ser. Curto é o cumprimento de quem chega a passos fortes corredor adentro: - Bão?
Bão é a sincera resposta: - Bão, cumpadre! O senhor se senta e conta como é que foi lá no grotão! Ah ...num deu não. Eu não sabia o que era. Mas com certeza eles sabias e muito do melhor que deixou de fazer. Todos dizem num era pra ser . Outro dia cê volta e as coisa já vão ser outra. Qué café?

Ai que saudade de lugar onde vida tem cara de vida, que sai do pouco ou do quase nada pra gente corajosa que sabe ter aquele tudo.
Na roda feita: é caso, é riso, é silêncio, é confiança, é conselho, é confidência.

De Elisa e Miguelzinho e do seu cumpadrio que passa or eles fui longe...e revisitei presentes que a vida me deu em tarde frias sendo aquecida por gente assim, pinguinha e prosa.

Não soube foi responder em que estrada andei deixando a minha coragem de quando ganhava mundo aprendendo e vivendo. E isso não está tão distante...

Me perdôe por ocupar a página com mais um comentário.

um beijo para vc, para Elisa e o Miguelzinho, os três, que me levaram de volta a gente como vocês.