sexta-feira, 11 de maio de 2007

A Ópera do fantasma


A imagem é porta que barra e vela
o nada haver por detrás do espelho.
A moldura enquadra a aquarela,
suporta o fantasma que nos faz selo.
,
O Real, miasma, nada se importa.
Insignificância sem remédio ou letra
no espelho, sempre, por detrás da porta,
remenda, costura e nos provoca a treta.
,
A esse mistério o espelho nos remete
à sombra parca do que já não resta.
Mas Narciso insiste e se derrete
O fantasma persiste e faz a festa.

Nenhum comentário: