terça-feira, 29 de maio de 2007

Diferença e Repetição




"...ao escrevermos, como evitar que escrevamos sobre aquilo que não sabemos ou que sabemos mal? É necessariamente neste ponto que imaginamos ter algo a dizer. Só escrevemos na extremidade de nosso próprio saber, nessa ponta extrema que separa nosso saber e nossa ignorância, e que transforma um no outro... Suprir a ignorância é transferir a escrita para depois ou, antes, torná-la impossível."


Giles Deleuze, Diferença e Repetição, Graal, 1988, p. 18



2 comentários:

Unknown disse...

bebendo na mesma fonte diria que: " .
A cabeça (que escreve - grifo meu ) é o órgão das trocas, mas o coração é o órgão amoroso da repetição. (É verdade que a repetição concerne também à cabeça, mas precisamente porque ela é seu terror ou seu paradoxo.) p.12. Sendo assim "...ao escrevermos, como evitar que escrevamos sobre aquilo que não sabemos ou que sabemos mal? Se (...)

comentário receoso, mas que leva um beijo até você pelo achado que me possibilitou ...

Unknown disse...

E das minhas viagens pela net outro achado que cabe bem aqui:
Chega mais perto e contempla as palavras.
Cada uma
tem mil faces secretas sob a face neutra
e te pergunta, sem interesse pela resposta,
pobre ou terrível que lhes deres:
Trouxeste a chave?

(Carlos Dummond de Andrade)