quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Só depois, com um novo sol.



Eu vou!
Tão logo consigamos,
espantar as tristezas
e recuperar,
no espaço pouco que dispomos,
um tanto do alegrar-se,
uma pitada de beleza
e o toque suave de leveza,
que sempre me fez sonhar-te.
Aí eu vou,
com certeza.
.
Rompo as estradas,
derrubo montanhas,
da distância faço um nada,
e corro para teu abraço.
Depois,
cansado de tanta façanha,
adormeço em teu regaço
e contigo acordo dois.


Barão, 17 de outubro de 2007
texto e foto: Zédu

3 comentários:

Anônimo disse...

Gostei, legal! E essa imagem, é sua! Muito boa!

Anônimo disse...

Eu também gostei muito ...

Assim telúrica como tenho andado - com o coração para lá de estradeiro, que vê rios e tuiuiús até onde uns não correm mais e os outros sequer voam, eu lhe digo -
Deslumbrante, emocionante, edificante a poesia de hoje. Os versos do poeta, meu amigo arrasaram e cada dia mais apurados.
Eu tenho orgulho de você, por essa sua maneira Rosa de colocar as idéias bem arranjadinhas no papel. Há lugar para cada uma delas, das curvas às retas em viagens bem diretas. De um ponto ao outro, eles descreverem não um depois qualquer. Brindo então o que há neles do bom vida ou o depois, que dessa vez, vieram, viajaram como imagens sutis e delicadas.
Beijos meu amigo muito querido.

Meire

Inês Queiroz disse...

Perdoe-me por reprisar obviedades, mas que jeito, se você vive a provocar-me repetições?

Esse teu jeito de não sonegar emoções escondendo-se atrás dos muros da razão, te fazem um homem especial, meu querido Zé.

A tua poesia é de uma beleza tal qual o céu que os teus olhos fotografaram. Os dois se merecem.

Apesar de nunca esperar nada muito diferente do que acostumei-me a l(t)er de você, mesmo assim, o que me parece sabido e esperado, sempre me toca com a mesma intensidade que um dia me tocaram certos fragmentos.

Você é o meu bem querer.

Beijos,