terça-feira, 2 de outubro de 2007

Outubro, paterno um eu.


Nove meses são passados,
Desde que aqui aportei.
Um filho já foi gerado,
neste eu que me tornei.

Passou o verão,
O´utono se mostrou,
O inverno foi quase não,
Na primavera é que sou.

Meu ano reacabou,
Mesmo devendo meses.
Um outro recomeçou,
Como foi em tantas vezes.
.
A diferença é que agora,
Pari-me em escrita e letras,
E já não posso ir embora,
Nem voltar a ser careta.
.
Virei o que me tornei,
Essa coisa que escrevinho.
E sonho, fora da lei,
Com você, queijos e vinhos.

Já não sou mais meu passado,
No futuro me definho.
Em ti me sinto pecado
E nessa história me advinho.

Contigo me fiz parido
E fui pai de meu próprio eu.
Sou teu, sou contigo,
Sou o que, de ti, aconteceu.
.
Pai como sempre suposto,
Sou filho de vosso ventre.
Sou teu, sou meu, sou nosso,
Sou eu mesmo diferente.

Um comentário:

Anônimo disse...

Zédu, estou aqui para marcar seu blog, assim como você apareceu no meu. Caríssimo, bela é a letra e vamos brindar esse novo caminho.
ah! belíssimo link o World Museum of Erotic Art.
Abraços,

Eric