sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Soneto da Lua Cheia


.
.
A morte me jogou para a vida
A vida me tornou ao contrário
E a morte permaneceu ferida
Sangrando nos aniversários.
.
Destes dois anos aqui passados
Só não passa a lembrança dela
Mas, hoje, de madrugada acordado
Uma lua me antepara a janela. .

E me espanta, invade, é cheia
Ilumina, impede e me convida
Para uma vida pra além da teia
.
Onde a morte reste dormida
E a lua seja sempre candeia
Por todo o resto de minha vida.
.
.
Em memória de Gilza
30 de outubro de 1950/12 de dezembro de 2006

Um comentário:

Anônimo disse...

Muito bonito Zédu!
Tita