terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Pirata de Pindamonhangaba


Nem sei se vocês repararam, mas comecei a postar os vídeos a partir do YouTube. Ou seja, invento os filminhos como sempre fiz, alguns bonitinhos, outros devendo em imaginação, paciência e técnica, e faço o upload dos mesmos no YouTube antes de colá-los à postagem que me interessa. E faço isso por duas razões principais: a) é mais rápido o processo de upload no YouTube do que por aqui no blogger; e, b) o YouTube virou outro lugar onde zedupoca exerce o exibido que lhe é natural (e onde, alvíssaras, até homens me comentam).
Mas, como venho descobrindo, lá os "donos das músicas" são muito mais atentos, e chatos. E a pirataria, às vezes, é punida e proibida. Como aconteceu com um vídeo que postei aqui nos tempos em que o aqui vinha primeiro. A música era What´s New com Billie Holliday (antes só os donos da Elis ou do Tom, nunca vou saber, haviam me proibido de colocar o Soneto da Separação como eu havia feito em casa). Pois é, meses depois a coisa foi vetada por lá, os donos dos direitos me proibiram de veicular o filminho com a música deles. Me pegaram de surpresa, pirata denunciado, bucaneiro de calças na mão. E lá se foi, banido para o fundo da popa do galeão, ou pior, condenado a andar em alguma prancha internética, minha pobre pirataria, minha usurpação dos direitos de outrem.
É bem verdade que em várias outras ocasiões os donos das músicas já haviam comparecido, deixando claro que a "nêga" lhes pertencia mas, ainda assim, generosos, me permitiam continuar a usá-las em minhas inconfessáveis razões youtúbicas. Coisas que meu amigo Jorge entende e defende, essas coisas do direito aos passarinhos que nos caem nas mãos ou nos ouvidos Eu, pirata, me confesso e sigo em frente, busco outras caravelas para abordar, outras pepitas para roubar, outros tesouros para usurpar, covardemente internético, ousadamente corsário, insistentemente bucaneiro.
Se ainda me barrassem pela má qualidade dos vídeos que associo às músicas, ainda entenderia. Afinal, a coisa é sempre estética mais do que ética. E eu devia aprender melhor as imagens antes de juntá-las com as músicas lindas. Mas não, a coisa é só um exercício prepotente de um direito "intelectual" à obra, um deixar claro que nas nêgas deles não posso por a mão e, absurdo, demonstrá-las, com as roupinhas com que as enfeito, para minhas poucas dezenas de youtubeouvintes.
Assim, barrado do baile da Billie, meio assim p. da vida, criei outro filminho quase igual, mesma imagem, mesma música, só que agora tocada no sax gentil de John Coltrane. Fiz, uploudei e, os donos do Coltrane reivindicaram posse mas me concederam a graça de exibir minha pequena obra-prima nos ares dos tubos de vocês.
E Pindamonhangaba, o que tem a ver com tudo isso? Bom, ter até que tem, mas conto outra hora. E até já sei com que música retomarei minhas lembranças de Pinda, meu estágio final antes de virar o engenheiro que nunca me tornei. Aguardem, Pinda will return!!
Por enquanto, fiquem com meu único vídeo feito só de raiva. Ficou a cara de seu motivo. Mas a música é linda, Coltrane um gênio e, principalmente, o blog precisa andar um pouco por dia.


4 comentários:

Dois Rios disse...

Some-se ao"sax gentil" de John Coltrane um vinhozinho pra temperar o ambiente, vai precisar de mais o quê?

Fiquei curiosa com essa história de Pindamonhangaba. Você vai ficar me devendo essa, rsrs.

O filminho ficou ótimo. Só não gostei dessa ave. É um corvo? Toc, toc, toc... Isso me lembra a fatídica poesia de Edgar Allan Poe em que o corvo diz repetidas vezes "never more". Não gosto de corvos e muito menos da expressão "never more".

Beijos,
Inês

Zédu disse...

Para contar de Pinda tenho que confessar coisas inconfessáveis. Mas, logo, logo, juro que conto e confesso.
Me aguarde.

Folhetim disse...

Copacabana é um bom lugar para confissões. Leblon também. Quem sabe lá você não me conta?
Beijo,

Dois Rios disse...

Nenhuma poesia?
Ainda que dos outros?
Ainda que vazia?

Beijo,