Profunda idade
Nada como Pessoa, navegado qual Paulinho,
Faço do blog odisséia de onde retornarei.
Se ainda a tortos caminhos,
Ao se chegar me saberei.
Nas teias com que me tecem,
Nas sereias que enlouquecem,
No umbigo em escravidão,
Espero, que finda a jornada
Aqui já não reste nada,
Nem sonho, nem assombração.
Se hoje sou quase morto,
Se vivo, me erro torto,
Navego para um litoral
E blogo com todas as velas,
Pintando, em quase aquarelas,
Com tintas que sabem sal.
Nas areias que chegarei,
Não quero sexta, nem feira.
Retrato de Dorian Gray,
Nada como Pessoa, navegado qual Paulinho,
Faço do blog odisséia de onde retornarei.
Se ainda a tortos caminhos,
Ao se chegar me saberei.
Nas teias com que me tecem,
Nas sereias que enlouquecem,
No umbigo em escravidão,
Espero, que finda a jornada
Aqui já não reste nada,
Nem sonho, nem assombração.
Se hoje sou quase morto,
Se vivo, me erro torto,
Navego para um litoral
E blogo com todas as velas,
Pintando, em quase aquarelas,
Com tintas que sabem sal.
Nas areias que chegarei,
Não quero sexta, nem feira.
Retrato de Dorian Gray,
Em cinza, para não ser bandeira.
No meio de todos ausente,
Nas grades não verei prisão,
Que a verdade a gente mente
Pra, do eu, prestar a-tensão
De mim mesmo serei alcaide,
De meus desejos não saberei.
De Profundis, Oscar Wilde!
Salomé, viva meu rei!
.
No meio de todos ausente,
Nas grades não verei prisão,
Que a verdade a gente mente
Pra, do eu, prestar a-tensão
De mim mesmo serei alcaide,
De meus desejos não saberei.
De Profundis, Oscar Wilde!
Salomé, viva meu rei!
.
Bar do Frango, 14 de fevereiro de 2007
7 comentários:
Primeiro poema meu que ousei publicar por aqui. Ainda gosto dele.
Nos idos de fevereiro de 2007, quando foi originalmente postado (De profundis - para O.W.), não tinha figura que o acompanhesse. Agora tem.
Estive por aqui lendo. Melhor ler os teus,mesmo repetidos, do que os de outros. Os de outros, sem unir aos teus, de que servem? fica tão vazio!
Tita
Menino,
Essas suas carambolas já estão muito passadas. Que tal brindar-nos com outras mais fresquinhas e suculentas? Ando faminta da fruta boa que a tua caramboleira dá, bem como das canções que dela emanam quando as suas folhas são sacudidas pelas melodias dos mesmos ventos que te embalam.
Beijos meus,
Em tempo: não estou me referindo ao belo poema que você republicou e sim ao tempo que você não posta.
Beijo,
de pleno acordo com a linda lourinha (com todo respeito!). esse blog anda devagar.o amigo deve ter bons motivos.
abs,
Entrei depois de longo tempo. Olhei, li e vejo q vc, blogueiro, está retomando guardados. Q a vida siga é para a frente, porque o que foi não muda mais, só te ajuda a ser diferente, se assim quiser. A minha vida, com certeza e mais do que nunca, assim será, em direção ao amanhã. O ontem... ontem não volta e não me diz mais de quem hoje sou. Porque estou muito melhor. Aproveito para despedir-me. Célia.
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