sábado, 6 de setembro de 2008

Contagem regressiva: -2 (Meu presente aniversário)



Pela primeira vez neste século
ninguém convidará meus amigos,
encherá balões coloridos,
escolherá o bolo do aniversariante.
Nem enfeitará as mesas
de um improvável Azeitona,
que se tranformava no seu ser radiante.
Ninguém fará a feijoada impossível,
de fogão inaugurado só para meu ser feliz.
Ninguém enfeitará o gramado,
com mesas de bem querer.
Ninguém convidará Francisquinho,
Eliza, Fernando,
e meu doce Miguel Arcanjo.
Ninguém me dará a risada da Anna,
a alegria do Jorge,
Marco Aurélio, pai de mesa e cama,
e a brisa de minha sacra família
e a vista a perder de vista.
Sem Christininha de Moraes,
sempre muito mais Gurjão,
Azeitona, Severo, Toninho,
Olavo que não há mais,
todos meninos do velho bar que morava em meu coração.
Ninguém me dará uma festa,
surpresa que eu sempre dizia besta.
Com ninguém teimarei nada querer,
não farei de conta um desejo de ficar só,
manha bobinha da criança que sempre quis dó.

Estarei só.
De todos vocês.
Estarei só
de quem, sempre, tudo isso fez.
Só!
Sem Gilza.
De vez.

Meu aniversário morreu.
Sobrei eu.
E os anos que insistem em passar,
até eu mandar parar.

postado em 06 de setembro de 2007

3 comentários:

Anônimo disse...

Zédu

Voce já se confessou chorão
Eu já te denominei manhoso
Desenrola...deixa de queixa
e se reconheça SEX

SEXAGENÀRIO

Abração da Fenanda

Anônimo disse...

Vou lá, no Azeitona, celebrar seus 60. Prometo!
Bj
Leila

Anônimo disse...

Nada de sem Gilza, presentificada na sua lembrança para sempre. Agora é só uma questão de referência quanto aos planos do real.

Beijo amigo,

Meire