Faz–de-conta que o tempo é uma varanda
voltado para um pátio circular:
faz-de-conta que em canto de ciranda
regressamos ao cais de regressar.
Faz-de-conta, nas águas do destino,
um aquário de luas nos espera:
faz-de-conta que um canto repentino
traz de volta uma antiga primavera.
Faz-de-conta que esta contradança
nas varandas do nosso coração
reacende os sóis de antigamente:
Faz-de-conta que os rios da lembrança
reacendem a flama da canção
neste pátio-passado – tão presente.
Maria de Lourdes Hortas
Um comentário:
Vou manter o meu anonimato porque não quero ser taxado(a) de indiscreto(a), mas isso está me parecendo coisa de amor enraizado. Ou é só uma majestosa poesia? Pelo que eu sei do amigo, não devo estar muito longe disso.
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