segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Dois poetas e uma pescaria


El poeta es un pescador, no de peces, sino de pescados vivos:
entendámonos: de peces que puedam vivir después de pescados.
Antonio Machado, Habla Juan de Mairena a sus alumnos
Pescado em Pescados Vivos de Waly Salomão, Ed. Rocco
Já o cartão manoelino foi capturado enquanto voava, qual passarinho de Barros, pelos ares da Internet

Um comentário:

Anônimo disse...

Zedu,

Grande Antônio Machado para quem o poeta é pescador de palavras, peixes cintilantes, do pensamento ao papel e deste às piracemas de leitores ao léu.

O feito dos poetas é liberar as palavras do anzol dos sentidos, pois assim vivas elas seguem prateando em rabanadas no ar desde Adélia a quem mais assim pensar...

A imagem dos pescados vivos é linda na força dada à palavra que o próprio poeta sequer pode imaginar aonde chegará. O verso é do poeta as palavras não.

O espetáculos da pesca na poesia, é que se molhando no verso o leitor pega a linha e pode se fazer também poeta, recarregando as cestas de peixes-palavras.

(...) Crear algo es hacer su presencia, traer esa cosa que no está, hacerla viva..(José Alejandro Peña)http://poesiadominicana.tripod.com/poetas/id20.html

um beijo já com muito sono ...