Desejo, Morte e Caramboloas

Neste blog tem de tudo.

Tem poeta de muita pompa,

um autor meio posudo

e um monte de coisa tonta.

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Tem amores, alegrias,

tristezas e choramingos.

tem um pouco de zombaria,

de tudo ao menos um pingo.

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Aqui me dou os direitos

e entorto a minha cachola.

E faço, com todo respeito,

do desejo minha escola.

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Aqui já namorei a morte,

em janelas e tentações

Mas aqui fiz da escrita norte

e espanei as assombrações.

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Aqui vivo para sempre,

às vezes me fazendo morto.

Sou passado no meu presente,

mais direito quando sou torto.

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Aqui escrevi futuros

e pago o preço da aposta.

Jamais em cima do muro,

pelado como o diabo gosta.

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Plantando sementes de mim,

que germinam onde não sei,

desenho meu próprio jardim

e a terra onde sou rei.

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E vou recolhendo amigos,

leitores desconhecidos.

Alguns sempre comigo,

outros meio escondidos.

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E assim d´esculpo um eu

e escrevo pra quem me dá bola.

Sou mais do que me doeu,

sou o Homem das Carambolas

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Dedicado à menina da papelaria que me batizou de O Homem das Carambolas

No 5 de dezembro de 2007