segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Só as palavras me acreditam


Vivo pelas palavras,
É nelas onde me acredito.
Mas elas não me são escravas,
ao invés, me escrevem os ditos.

Das palavras sou sujeito,
Em um amor de perdição.
São rochas, areias e seixos,
Ferramenta, enfeite, facão.

Não me abandonam nos sonhos,
Acordado me tecem as telas.
E amoroso , triste, alegre ou risonho,
As palavras ventam minhas velas.

Com elas encanto amores,
Acolho, penas e risos, dos amigos,
Consolo minhas próprias dores
E piso nos astros distraído.

Mas as palavras são poderosas.
Bem ditas, me fazem as vontades
Mas, mal ditas, são perigosas
E semeiam tempestades.

Há que cuidar no dize-las,
Com desejo, torná-las benditas,
Com amor, bem escolhe-las
Para que valham a fala e a escrita.

2 comentários:

Anônimo disse...

Meu comentário vem em tempo pelas mãos de Majela Colares, poeta cearense nascido em 64.

O Soldador de palavras

Fazer poemas é soldar palavras,
fundir o signo – literal sentido –
do verbo frio, transformado em chama,
aceso verso, pensado e medido

sob a moldura da expressão intensa
fingem palavras um som mais fingido
além, no ocaso, da sintaxe extrema,
fuga do verbo não mais definido.

Criado o texto, com idéia e tinta,
forma e figura em linguagem extinta,
quebrando regras de comuns fonemas.

A idéia é fogo. Fogo... o verbo aquece.
A tinta é solda que remenda e tece
versos, metáforas... por fim, poemas.

Majela Colares.

Anônimo disse...

Witam wszystkich z tej strony!
Bardzo miło was tu spotkać!
Postaram się udzielać :)
Na razie!
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