quinta-feira, 27 de setembro de 2007

O véu das águas passadas




Te aviso! Fiquei sombrio.
Perdi sorrisos e esperanças,
e olho para a margem do rio
assim como triste criança
de brinquedo surrupiado,
de sonhos de não querer sonhar,
desejos mal completados,
angústias de um grande amar.

E, no entanto, ainda sou teu,
fantasma de algum passado,
vulto fugaz de um adeus
que nos marca cicatrizados.
E faz com que nosso presente,
na dor que já foi vivida,
torne-se o grande ausente
desta nova despedida.

Frango, inícios de setembro


foto: Zédu

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