terça-feira, 20 de novembro de 2007

Conjugado imperfeito

Sou poeta, não sei amar,
como se devesse.
Sou poeta, não sei fingir
como se mentisse
Passo horas a escrevinhar,
como se adiantasse.
Nas outras vivo a fugir,
como se pudesse.
Mas, insisto, sou poeta
que das letras ama o jogar
e pela minha janela aberta
Recolho palavras a voar.
E brinco de prosa e verso,
como se soubesse.
Encanto Evas e serpentes
como se precisasse
Sou poeta, rezo meu terço
como se confessasse.
E seri poeta até ser gente,
Como se ousasse

Cadeira de Gaugain, por Van gogh

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