Sou um sujeito cheio de recantos.
Os desvãos me constam.
Tem hora leio avencas.
Tem hora, Proust.
Ouço aves e beethovens.
Gosto de Bola-Sete e Charles Chaplin.
O dia vai morrer aberto em mim.
Desenho e poema: Manoel de Barros
A Insignificância do Real tem remédio ou o que não tem remédio remendado está?
Um comentário:
OI amigo, quanta saudade de vc...
Terá melhor jeito de ser que esse do sujeito cheio de recantos? Do sujeito que divide com leveza as horas de seu existir, tendo então horas de avencas, de Proust, de aves e de Bethovens?
O Canto de barros, para quem assim se perceba, trás a idéia do caleidoscópio, das múltiplas pessoas que moram em nós. Gosto muito dessa pessoa para quem o dia morre aberto. Será que ainda chego lá? Bem que eu me esforço...
Um beijo e boa viagem para vc...
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