Tarot do Bruno
Tarot do Bruno, Mauá, circa 86. Mó sucesso no Colher de Chá.
Sucesso não garantido para maiores de oito anos. Tente assim mesmo. Quem não arrisca não petisca, nem belisca.
Boa sorte.
- Pegue um baralho de Tarot, de preferência daqueles místicos ou mitológicos. O de Marselha não se presta ao exercício.
- Minto. Primeiro escolha, ou se ofereça, à vítima (oopppsss!), quer dizer, consulente. Volte ao estágio anterior.
- Embaralhe as cartas com alguma dignidade litúrgica (Bruno tinha 8 anos, portanto, permita-se ser infantil)
- A consulente corta o maço de cartas. A consulta começa.
- Vire uma carta. Em função da figura, componha abobrinhas (mantenha seus oito anos; abobrinhas frescas). Seja romântico: fale em homens lindos, fortunas imensas, viagens fantásticas, aventuras incríveis, tudo no de acordo com o que sua imaginação for capaz de ver na carta (as crianças fazem isso muito bem; seja criança). Não olhe muito para a cara da consulente. Mantenha a pose de criança sabida.
- Vire outra carta e repita as instruções acima.
- Quando, em algum momento da consulta, virar a carta da Morte, olhe fixamente nos olhos da consulente e afirme, serena mas firmemente: Daí você morre!
- Fim da consulta. Panos rápidos
Sucesso não garantido para maiores de oito anos. Tente assim mesmo. Quem não arrisca não petisca, nem belisca.
Boa sorte.
Um comentário:
Hilário! Adorei! A propósito peço-lhe para passar bem longe do meu Tarot por esses dias. A não ser que, em algum momento da consulta, você vire a carta da VIDA, olhe fixamente nos olhos da consulente (eu, no caso) e afirme serena, mas firmente: DAÍ VOCÊ VIVE!
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