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Ave Marias de todas as raças
Mistérios, gozares, desgraças
Bendita sois vós, em mim demente
Desvarios, de'lírios, serpentes
Infinito desvio de meu não saber
Bendita sois vós, tod'as mulheres
Desrazão benvinda de meus bem quereres
Perdição infinda onde me erro ermo
Sentido pleno de meus mancos termos
Cruzes de meu mais phoder
Bendita a fruta de vosso ventre
Que tomo com bocas, línguas e dentes
E mais narizes, dedos e pobre caralho
E molho nas gotas de teu orvalho
A flor de meu convosco ser.
Mistérios, gozares, desgraças
Bendita sois vós, em mim demente
Desvarios, de'lírios, serpentes
Infinito desvio de meu não saber
Bendita sois vós, tod'as mulheres
Desrazão benvinda de meus bem quereres
Perdição infinda onde me erro ermo
Sentido pleno de meus mancos termos
Cruzes de meu mais phoder
Bendita a fruta de vosso ventre
Que tomo com bocas, línguas e dentes
E mais narizes, dedos e pobre caralho
E molho nas gotas de teu orvalho
A flor de meu convosco ser.
Um comentário:
Que o blog anda meio parado não é preciso dizer. Das razões nem sei eu, mas assim é, como lhes parece.
De vez em quando me angustia vê-lo assim meio largado, e dada a secura que ainda me impede as palavras, escolho algo lá bem detrás, um poema meu de preferência, e coloco aqui para que quem estiver chegando agora tenha mais o que encontrar nas páginas, doutra maneira, secas das minhas carambolas. E aproveito para ir separando as coisas que mais gosto dos tempos em que as palavras me brotavam mais fáceis.
Outra coisa, com o tempo fui refinando a maneira de apresentar as postagens, brincando mais com as imagens, as letras, as cores. Aí aproveito e enfeito o antigo.
Quem já havia lido, poucos, já que ninguém costuma caminhar muito pra trás, sinto pela repetição. Aos novos leitores, entendam isso como uma provocação para que vocês mesmo busquem o passado do blog; eu garanto que ele está cheio de coisas interessantes. Outros tempos, outros desejos, outras carambolas, uma mesma morte que já passou.
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