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Ave, Marias, de todas as raças
Mistérios, gozares, desgraças
Bendita sois vós, em mim demente
Desvarios, de'lírios, serpentes
Infinito desvio de meu não saber
Bendita sois vós, tod'as mulheres
Desrazão benvinda de meus bem quereres
Perdição infinda onde me erro ermo
Sentido pleno de meus mancos termos
Cruzes de meu mais phoder
Bendita a fruta de vosso ventre
Que tomo com bocas, línguas e dentes
E mais narizes, dedos e pobres caralhos
E molho nas gotas de teus orvalhos
A flor de meu convosco ser.
Bar do Frango, 01 de março de 2007
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