sexta-feira, 27 de março de 2009

Cada vez mais...Silêncio


Fazer do blog art´manha e ofício
Desaperceber dos amigos as ausências
Desligar de todos a pouca presença
E soltar o verbo, as letras e os vícios.
.
Se colocar à chuva e receber seus pingos
E o sopro dos ventos e o bater das tempestades
E lavrar silêncios e as poucas maldades
Para dançar com Zorba, sempre aos domingos
.
Valer as penas que ali me inscrevem
Dar tempo aos pensos que lá me curam
Esquecer visitas e os que não procuram
Ser sempre só, mesmo que neguem.
.
Nos grãos de areia enxergar desertos
Abandonar o litoral apagando rastros
E fazer da escrita meus próprios traços
Para bem cá de longe, me olhar de(s) perto.
.
.Bar do Frango, em algum momento de abril de 2007
Publicado originalmente em abril de 2007

2 comentários:

AQ disse...

Dizem que aqui nesta casa morou um poeta. É verdade. Meus brincos de pérola podem provar.

Agora dizem que a casa está mal-assombrada e que altas horas da noite o silêncio canta os seus versos. É verdade. Eu os ouço.

Eu amo esse poeta.

.

Anônimo disse...

Sempre tão bons esses poemas desenterrados!
Abraço,
Filé Mofado com muitos mofadofadozinhos.