
Nas águas do Rio mergulhei,
fundo, profundo, com dor e prazer.
Nas águas do Rio retornarei,
no sido do que tinha de ser.
.
Fui pescador, fui gaivota,
Escolhi sonhos, deixei pesadelos.
Andei por janelas, atravessei portas,
e me despedi em um alisar de cabelos.
.
No Rio colhi, com mãos trêmulas e ávidas,
Ávilas, Campos, Queiroz e Campinas;
um resto todo de uma minha vida.
E fui, bendita ave de rapina.