Vivo pelas palavras,
É nelas onde me acredito.
Mas elas não me são escravas,
ao invés, me escrevem os ditos.
Das palavras sou sujeito,
Em um amor de perdição.
São rochas, areias e seixos,
Ferramenta, enfeite, facão.
Não me abandonam nos sonhos,
Acordado me tecem as telas.
E amoroso , triste, alegre ou risonho,
As palavras ventam minhas velas.
Com elas encanto amores,
Acolho, penas e risos, dos amigos,
Consolo minhas próprias dores
E piso nos astros distraído.
Mas as palavras são poderosas.
Bem ditas, me fazem as vontades
Mas, mal ditas, são perigosas
E semeiam tempestades.
Há que cuidar no dize-las,
Com desejo, torná-las benditas,
Com amor, bem escolhe-las
Para que valham a fala e a escrita.
Postado em 03 de setembro de 2007
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2 comentários:
Vésperas de meu aniversário, passo a limpo o ano que vai acabando. Assim, na medida em que nas respectivas datas do ano passado eu encontre algo que marca essa passagem para a idade idosa que farei no dia 08, a postagem será copiada por aqui.
Afinal, é meu o blog, pois não?
Me convide para a festa eu quero estar presente , mesmo ausente...
Bravissimo também pela correria .
Meire
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