quinta-feira, 15 de maio de 2008

Estranho estrangeiro


Hopper, Nightwanks
Já não tenho mais
as minhas horas
todas soltas,
nem tenho mais
os meus dias
todos tontos.
Já não teço mais
a minha eterna
e infindável colcha,
nem viajo mais
na solitária nau
de partir tão pronto.
Re-voltado campineiro,
de retorno tão canhestro,
sou pouco amante
das andorinhas que revoam
tão longe de mim distante.
E como o eterno maestro,
aventura finda,
no instante derradeiro,
me descubro, enfim,
e ainda,
um estranho estrangeiro.

4 comentários:

  1. Se não fosses estrangeiro
    talvez sonhasse com terras
    que matassem sua sede
    eterna

    Se não fosses estrangeiro
    não farias esse blog tão rico de
    histórias

    As horas não tão soltas,
    os dias, não tão tontos,
    e a infindável colcha
    permanecem fieis
    à sua espera

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  2. que colcha de retalho que nada, zédu!!! a palavra de ordem é insubmissão. bj

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  3. "Sou uma emoção estrangeira,
    Um erro de sonho ido...
    Canto de qualquer maneira
    E acabo com um sentido!"
    F.Pessoa

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  4. Isto mesmo que disse o anônimo mais acima!

    Ele fez delas palavras que estavam por ser minhas. Assim não vale...aproprio-me delas e digo então
    com ele :
    "que colcha de retalho que nada, zédu!!! a palavra de ordem é insubmissão. um bj meu tb....ou aliás muitos meu amigo do coração....

    Meire

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