Não vou entrar na discussão das grandes damas da música brasileira. Vou apresentar uma que assim classifico, já que vivas só reconheço duas no momento atual. A que hoje aqui posto em reconhecimento é Maria Bethânia. A moça do Carcará construiu um caminho absolutamente próprio e elegante no cenário da MPB, coisa que jamais poderíamos imaginar quando veio para o Rio substituir Nara Leão em Opinião (aliás, pensando bem, não poderia haver duas personalidades, naquele momento, mais díspares do que Nara e Bethânia). Aliás, Nara e Bethânia me servem para uma outra distinção: Nara era uma Musa, Bethânia nunca foi musa de nada e decantou-se em Grande Dama com o passar dos anos (Nara teria, provavelmente, se tornado uma se também não tivesse morrido tão jovem).
Mas, como eu disse, essa coisa de grande dama é meio subjetiva e, talvez, uns poucos de vocês não concordem comigo. Mas garanto que a maioria me dará razão, independente do quanto gostam ou não do jeito Maria Bethânia de ser.
A faixa que escolhi aqui postar traz, além de uma bela e pouco conhecida peça musical, Bethânia comno acostumamos a vê-la desde Rosa dos Ventos. O show, que assisti no Tetro do TUCA em SP, foi absolutamente marcante no que nele havia de original. A coisa meio teatral, os poemas que se intercalavam às músicas, tudo de um enorme bom gosto. A postagem de hoje sai de outro show, Brasileirinho, com essa Bethânia madura que me faz reconhecê-la como uma de minhas grandes damas da canção brasileira.
Espero que gostem.
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