Paraíso Perdido
(para a moça em frente, ao largo e a caminho do mar que aqui não há)
Me diz quanto!
Quanto você quer,
quanto exigirá,
para me dar
esse umbigo que bóia
nesse liso mar
de pele.
.
Quanto
para minha língua explorar,
esse buraco com fundo,
essa marca recolhida,
negativo botão de rosa,
lugar do corte
que te fez formosa.
Quanto
para minha língua explorar,
esse buraco com fundo,
essa marca recolhida,
negativo botão de rosa,
lugar do corte
que te fez formosa.
.
Quantas maçãs,
quantos mil-réis,
que carnes minhas,
deposito a teus pés?
Te pago as contas,
te apago as penas,
de meu Sansão,
te dou melenas,
de meu João,
minha cabeça?
Quantas maçãs,
quantos mil-réis,
que carnes minhas,
deposito a teus pés?
Te pago as contas,
te apago as penas,
de meu Sansão,
te dou melenas,
de meu João,
minha cabeça?
.
Não cobro a costela,
não me faço dono,
meus direitos não retomo,
esqueço as outras elas.
Não cobro a costela,
não me faço dono,
meus direitos não retomo,
esqueço as outras elas.
.
Me diz!
Pago!
Me diz!
Pago!
.
E te lamberia,
com língua ofídica,
tomando em mim,
de Eva,
o melhor presente.
E deixando de lado
Adão e o pecado,
encantar-me-ia
serpente.
E te lamberia,
com língua ofídica,
tomando em mim,
de Eva,
o melhor presente.
E deixando de lado
Adão e o pecado,
encantar-me-ia
serpente.
5 comentários:
ZÉDÚ
deslumbrante.
È seu?
Se for precisa publicar logo.
Telefona, viado velho du caralho.
Saudades
Cid
não quero copiar o CID , mas ele antecipou meu comentário amigo novo...nada velho nem de amizade que a meu ver é ainda possibilidade de construção...quem dera fosse .....tivesse....inspirasse ...estivesse...e se papai do céu me desse..saudades também : publica - tenho dito....
É meu, como tudo que não se indica não sendo. Ou, é dele, se ao Delireu tomar na radiqualidade que merece. Publicar? O que? Junto com mais o que? Não sou poeta, a poesia é que me (a)comete com toda independência. Ainda acredito na Musa, o que me limita e me evita a transpiração necessária. Mas acho ótimo saber que El Cid, esteta véio, me elogia. Daí a publicar elegias vai um tanto e vários entretantos.
Eu sempre achei que essa coisa de post era uma bobagem. Sou mais os postes, como sempre tentei dizer a ele. E a prova tá que, nessa coisa poêmica (gostaram da minha invençâ, que post é isso canina; poesia anêmica) que El Cid, que reconheço cheiro por ser dos raros que aqui já esteve (Beijos no Murilo), amigo cheio de intimidades com ele, nem havia percebido que a poêmica (insisto) postagem já havia sido postada séculoos (caninos) atrás. Só é novidade para quem faz da sua ocasionalidade campo de desatençâo. Coisa que não culpo o enorme Cid (me pareceu, quando aqui se refestolou no sofá, um moinho descansando dos ventos de La Mancha, coisa que o Sancho em mim nem ligou)pois post é isso, nada que ver com poste, que não perco um. Por essas e outras que vivo a lhe dizer, ao meu ele, vamos aos postes, pois a Praça é nossa.
Pipoca ainda titubeia na digitação, e posta comentários cheios de erros que não condizem com sua arguta inteligência canina. Penso tratar-se de nosso desprezo pelas patas ao projetarmos teclados, coisa que, tenho certeza, alguma ONG americana já deve estar dando conta. Pipoca não está nem aí.
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