sexta-feira, 10 de abril de 2009

Idos de um maio antigo nº 1

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Salvador Dali, Narciso
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A Ópera do Fantasma
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A imagem é porta que barra e vela
o nada haver por detrás do espelho.
A moldura enquadra a aquarela,
suporta o fantasma que nos faz selo.
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O Real, miasma, nada se importa.
Insignificância sem remédio ou letra
no espelho, sempre, por detrás da porta,
remenda, costura e nos provoca a treta.
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A esse mistério o espelho nos remete
à sombra parca do que já não resta.
Mas Narciso insiste e se derrete
O fantasma persiste e faz a festa.
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2 comentários:

  1. Que noventa e nove qualidades pudessem existir, sem cem. Não, Continuo a imbecil feliz sem a felicidade de ver você.
    Diotima

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  2. Se noventa e nove qualidades pudessem existir, sem cem... Não, continuo a imbecil feliz sem a felicidade de ver você.
    Diotima

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