Era amante de Borges e Callas
Um velhote cego e uma diva triste
Adorava Camões e sonhava com mares
Cheios de baleias e outras estrepolias
Amava as orquídeas por serem frágeis,
Florirem pouco e ainda assim lindas.
Vivia de plantas e nelas se recolhia.
E era um anjo tão tristonho,
Que no dia em que perdeu as asas,
Voou e virou um sonho.
Um comentário:
" Damos,cadaum,seu recado,
mas poucos,muito poucos,
recebem a resposta."
de,Alberto da Cunha Melo,poeta
brasileiro em Correspopondência, do livro Ocão de olhos amarelos
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