pérola assim meio escondida,
fechada em concha, cumprindo sina,
vivia no escuro, meio sem vida.
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Poeira de sua própria ostra,
doente de passadas mágoas,
sorria falsa, mulher à mostra,
trancada em si, imersa em águas.
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Um dia um menino a colhe,
ostra trancada, proibida jóia.
E nele, dela, ele escolhe.
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Apanha a pérola, devolve a ostra,
que, então, sem ela, nas ondas bóia.
Nele a menina, ao mar a crosta.
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Pérola a mostra, menino amante.
Mulher exposta, homem o bastante.
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EE assim supino, meio que de repente,
viraram meninos, e foram para sempre.
Pretérito presente!
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Menino querido que me encanta e seduz com versos de embalar querer. Para mim você é o pretérito futuro do verbo amar.
ResponderExcluirO que mais dizer diante dessa lindura de poesia? Ai de mim que vivo de catar versos na réstia de luz dos vagalumes!
"Someday he'll come along
The man I love
And he'll be big and strong
The man I love
And when he comes my way
I'll do my best to make him stay."
Love you forever.
Linda por fazer pensar, a sua poesia tem a beleza dos fogos que agora vejo ao longe sobre o contorno da serra. Há nela um espocar de versos como se fogos fossem abrindo-se nas multi-flores que aqui cobrem o céu e lá as crostas de gine/céus.
ResponderExcluirSe aqui é festa, me deixo ir na luz dos fogos por pretéritas ostras com suas pérolas colhidas por meninos passados a homens e mulheres bastante.
Do menino amante à minha lembrança de mulher bastante, como tudo ecoa já distante...
Onde a ostra, o menino com a pérola ao homem-amante? Pretérito mais que imperfeito não há de ser o bastante.
beijos...(sorrindo)