quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

O virtual mente

Mulher com uma flor, Picasso

O virtual é ausência
de nascença.
Eu quero carnes e ossos,
presença.
Falas, conversas, risos,
ciências.
Rosto, voz , olhar devolvido,
permanência.
Cabeças, troncos e membros,
saliências.
Bocas, línguas, suores,
indecências.
.
O virtual é ausência
desde a nascente.
Perdi a paciência.
Eu quero gente!

3 comentários:

  1. Sabe que eu também quero, mas quero diferente ...

    Pois se alguém disser venha - vou.

    A vida é hoje, a vida é sempre.

    Eu não quero a ausência do virtual e como o poeta quero carnes e ossos - presença.
    Falas, conversas, risos - ciências.
    Rosto, voz , olhar devolvido - permanência.
    Cabeças, troncos e membros - saliências.
    Bocas, línguas, suores - o indecências.
    Com a sua licença quero na síntese de tudo isso - texturas, temperaturas, aromas ainda do estado nascente.

    Mas sinceramente paz-ciência eu não perdi do aprendido de Drummond

    Por muito tempo achei que a ausência é falta.
    E lastimava, ignorante, a falta.
    Hoje não a lastimo.
    Não há falta na ausência.
    A ausência é um estar em mim.
    E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
    que rio e danço e invento exclamações alegres,
    porque a ausência, essa ausência assimilada,
    ninguém a rouba mais de mim.

    E que mesmo assim

    Quero e espero gente!


    Bj,

    Meire

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  2. É, ou são os leitores de seu blog, ou realmente todos sofremos do mesmo mal!...com o mesmo mal(?)
    bj virtual

    Oi Meire, aqui é a cunhada predileta! Gosto muito de ler seus comentários. Um abraço,
    Leila

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  3. Ei Leila,

    Que bom, que delira também...

    Tudo bem,

    Beijão

    Meire

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