sábado, 30 de junho de 2007

Só os poetas sabem das coisas





Bueno es saber que los vasos
nos sirven para beber;

lo malo es que no sabemos
para qué sirve la sed.

Antonio Machado

2 comentários:

  1. 1. Eu diria que a sede existe para ser saciada. A minha espera julho chegar.

    2. Já tanto me emocionei pelas bandas desse blog que nem saberia precisar quantos risos e quantos choros já deixei marcados nas tuas incontáveis revelações sobre amor, perdas, dores, renascimento, vida, recomeço, lutas, derrotas, conquistas, etc., além das indizíveis carícias, delicadezas e coisinhas de amar que sempre me enlevam.

    3. Poesia de Alberto Caeiro para te dizer o que eu não saberia:

    Todos os dias agora
    acordo com alegria e pena.
    Antigamente acordava
    sem sensação nenhuma; acordava.

    Tenho alegria e pena
    porque perco o que sonho.
    E posso estar na realidade
    onde está o que sonho.

    Não sei o que hei de
    fazer das minhas sensações.
    Não sei o que hei de
    ser comigo sozinho.

    Quero que ela me diga
    qualquer coisa para eu
    acordar de novo.

    Muitos beijos,

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  2. Queria soubesses meu desejo oculto de assinar uma poesia que fosse. É muito para mim. Só assim ousaria responder Antônio Machado. Feliz daquele que responde por plena liberdade.

    Mas agora que ouço Una Furtiva Lacrima e que choro pela beleza desta música estaria eu de algum modo matando a alguma sede? Será que saciar assim a sede e pelo menos ter alma poeta? Com isto reduziria minha ousadia em dizer que sua provocação é ótima porque sinto aqui que la sed sirve a que todos vivamos...

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